O processo de impeachment finalmente chega ao Senado



Coluna Jucilene Fuller
Não iremos nos calar



A saga do impeachment fabricado
Agora é com o Senado
Atualizado em 26/01/2020.



A passagem de bastão entre a Câmara e o Senado
O processo finalmente chega ao Senado


Em 15/01, Nancy Pelosi (líder dos Democratas na Câmara) finalmente enviou os artigos do impeachment ao Senado. Ao assinar o documento, Pelosi usou diferentes canetas para escrever partes de seu nome e depois as distribuiu para os líderes que representarão os democratas no senado. O pequeno mimo dado foi para marcar a ocasião e passar o “poder” da caneta.

Mas não pensem, amigos, que ela enviou os artigos do impeachment ao senado para cumprir as regras, ou por pressão dos senadores. Segundo o deputado McCarthy, líder da minoria na câmara, ela o fez porque o adiamento do julgamento do impeachment estaria dividindo os Democratas – favorecendo um candidato às primarias do partido (o ex vice-presidente e também uma das peças que levou a este pedido de impeachment - Joe Biden) e prejudicando os demais (como Bernie Sanders, o favorito pelos eleitores democratas).  Sendo verdade ou não, a questão é que o adiamento do julgamento estava tornando todo este processo de impeachment questionável e impopular.

No Senado as coisas já começaram pegando fogo, porque não foi definido previamente como será conduzido este julgamento: quanto tempo deverá durar e se chamará testemunhas ou não. A queda de braços é grande, cada peça e movimento são importantes neste jogo. Por exemplo, se os democratas conseguirem que quatro dos senadores republicanos se juntem aos democratas para pedirem que testemunhas sejam ouvidas, passarão a ter maioria e portanto este pedido não poderá ser recusado pelo líder do Senado - e os senadores republicanos Mitt Romney (Utah), Susan Colins (Maine), Lisa Murkowski (Alaska) E Ted Cruz (Texas), já deram a entender que poderão votar pra pedir testemunhas. Inclusive foi o Ted Cruz que sugeriu na última semana que se os democratas chamarem testemunhas, os republicanos também poderão fazer, afinal quem não gostaria de ouvir o testemunho da pessoa, de identidade ainda mantida em segredo, que revelou a tal ligação do Presid. Trump ao Presid. da Ucrânia? Ou o testemunho do Joe Biden e seu filho?


O julgamento iniciou nesta terça 21/01 no senado e, até seu início, tudo que era possível fazer para pressionar o Presid. Trump, os senadores e aquecer o debate popular foi feito. Inclusive trazer à tona pequenas e novas “evidências”, como mensagens de texto, notas escritas à mão etc., que foram apresentadas na terça 14/01 e que não têm poder de mudar o caso, mas tem o condão de esquentar ainda mais o sangue daquele que espera ter um julgamento rápido. Testemunhas da Casa Branca dizem que o Trump pode ter uma reação inesperada caso o julgamento tome outros rumos.





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