O poder que emana do povo



Coluna Jucilene Fuller
 Não iremos nos calar


O poder que emana do povo

 Publicado em 07/11/2019.
(*) Originalmente publicado em 20/10/2019 em Blog The Política.



Não é surpresa para ninguém que busque se manter informado sobre a política brasileira que o cenário atual anda repleto de impasses entre as cúpulas dos Poderes da República: Executivo, Legislativo e Judiciário.

Hoje terça-feira 22/10, a privilegiada semana de trabalho dos parlamentares e juristas do STF se inicia, e nossa atenção se volta para eles, porque duas pautas caríssimas aos brasileiros estarão em debate. A aprovação em segundo turno da nova previdência e o julgamento sobre manter ou não a prisão em segunda instância. A primeira, essencial para o desenvolvido do país e crescimento econômico, a outra trata-se do combate ao crime e aplicação da lei penal, e porque não dizer, um ataque a operação Lava-Jato.

E qual o nosso papel diante disso? Personagem atuante ou mero expectador?

É notável que a inércia que reinou durante todos os anos de governo esquerdista, já não existe mais. Os brasileiros acordaram e tem demostrado um certo amadurecimento político; mostrando que já saíram daquele estágio de negação, da ignorância, pra tornarem-se atuantes. A internet ajudou nesse processo, dando voz a muitos que cansaram das narrativas manipuladoras imposta pela grande mídia, e resolveram se manifestar através de suas redes socias, blogs e canais, e passaram a questionar, a mostrar os fatos como são.

Temos levado alguns golpes fortes que muitas vezes nos desmotivam, nos confundem e mais recentemente, nos dividem. A desidratação da previdência, o enfraquecimento da Lava jato pelo STF, a recente aprovação do projeto de lei de abuso de autoridade, a lei de fake news, o aumento do fundo eleitoral ... sim temos motivos de sobra pra nos sentirmos incapazes. Principalmente quando fica evidente a união do poder Legislativo com o Judiciário pra atrapalhar o desenvolvimento do governo e manter as velhas práticas políticas – assunto este bem exposto no nosso artigo deste último domingo “O atual e delicado equilíbrio entre o STF e o Congresso”.

Se sentindo sem forças diante de inimigos poderosos, alguns brasileiros apelam pra uma intervenção militar através de um artigo que ficou bem popular nas redes sociais, o artigo 142. Contudo, preciso informar, e inconstitucional um poder intervir o outro e este artigo só pode ser requerido para ações pontuais, como foi realizada em 2018 no Rio De Janeiro.

Na opinião desta que vos escreve, quem pede por intervenção militar, não parou pra medir as consequências que uma decisão dessas poderia trazer em um primeiro momento, pra a economia do pais, um retrocesso agora nessa área, com as contas apertadas como estão, é tudo o que não precisamos. E acima de tudo, pedir por intervenção militar é não assumir a responsabilidade como cidadão no processo democrático, é querer que façam o trabalho duro por você, é fortalecer o Estado, o que vai de encontro com ideias esquerdistas, e esse fantasma, o foro de São Paulo, não se enganem, estar por perto e esperando o momento pra se agir, a exemplo das revoluções recentes na América Latina.

Temos uma das constituições mais extensas, mais cheias de emendas e ainda assim uma das mais falhas; no entanto o artigo primeiro, parágrafo único, nos garante que “todo poder emana do povo” que o exerce  através dos representantes por ele escolhidos.  E quando esses representantes se recusam a fazer o que o povo pede, o que fazemos? Ficamos de braços cruzados? Não, absolutamente não. 

O que quero dizer com isso meus caros, é que nós somos a peça principal que pode frustrar com os planos desses senhores que se sentem muito poderosos por exercerem um cargo público de poder ou por usarem uma toga.

Não podemos fugir ao nosso compromisso, nossa parte é fazer pressão nas ruas, nas redes sociais, enviando e-mail, ligando pra os nossos representantes. Não apenas uma vez, mas manter um estado de protesto até que estes representantes entendam o seu papel e respeitem a vontade de quem os elegeu.

Gostaria de sugerir aqui onde devemos focar.

Primeiro, não se permitam serem manipulados ou desmotivados por falsas narrativas da mídia, por parlamentares e movimentos de rua que muitas vezes advogam em causa própria. Buscar a informação completa é fundamental pra entendermos a necessidade e o motivo pelo qual temos que nos expor e protestar.

Segundo, pedir a revogação da Pec. da bengala. A deputada federal Bia Kicis, já anunciou que tem o número de assinaturas necessárias para protocolar uma proposta de emenda a constituição. Com esta revogação, quatro ministros do supremo sairiam (Celso de Mello, Rosa Weber, Marco Aurélio e Lewandowski). Quatro vagas, que seriam indicadas pelo nosso presidente. Sem contar os muitos pedidos de impeachment já protocolados, contra o Gilmar Mendes e Toffoli 

Terceiro, pressionar o congresso, nossos representantes pra que apoiem essas medidas (PEC bengala , Impeachment), através dos meios já mencionados acima. Os que não fizerem, é porque não tem interesse na moralização do Brasil, buscam apenas ganho próprio e, portanto, não merecem nunca mais o seu precioso voto.

Podemos e devemos nos impor. Ter um presidente conservador apos anos de governo de esquerda, não e o suficiente; é preciso apoia-lo, mostrar que enquanto ele ouve a voz do povo, este estar do seu lado.

Aos patriotas que estarão na praça dos três poderes hoje em Brasília, vocês me representam!

Abraços a todos!

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